Os perigos da suplementação alimentar indevida
- Maria Carolina Guimarães
- 13 de set. de 2016
- 2 min de leitura

O mundo das academias é ainda mais propício o uso de produtos que ajudam na suplementação alimentar. Os mesmos possuem formulações que repõem nutrientes, aminoácidos, vitaminas e sais minerais consumidos pelo organismo durante a atividade física.
Esses produtos são amplamente divulgados e vendidos tanto na internet, como em comércios e até mesmo nas academias. Em maioria dos casos, o uso destes produtos é feito sem qualquer orientação médica e o fato de serem de fácil acesso à população, contribui ainda mais para seu uso indiscriminado. Por conta disso, muitas vezes, a abundância do consumo e da venda desses suplementos fazem com que a sua eficácia seja prejudicada.
Os pensam que os suplementos são inofensivos, estão equivocados. Se utilizados de forma adequada, trarão efeitos satisfatórios, caso contrário, o seu uso inadequado e em excesso podem causar diversos males à saúde, principalmente ao metabolismo ósseo, renal e hepático. O fígado e os rins podem ser prejudicados, além de estimular o aparecimento de espinhas e flatulências. Vale ressaltar quem esses efeitos dependem da tolerância de cada pessoa a determinado produto, por isso a importância do acompanhamento médico.
“O consumo de suplementos é indicado, normalmente, para atletas e esportistas – atletas amadores que treinam para manter a forma e a saúde, mas, não praticantes de atividades físicas também podem se beneficiar com a ingestão destes produtos, mediante orientação especializada”, explica a nutricionista Vanessa Leite, em entrevista publicada pelo portal de notícias Folha de Vitória.
Os suplementos são utilizados como estratégia para as pessoas que precisam repor algum nutrientes ou substâncias, de maneira prática e rápida, mas não podem e nem devem ser utilizados como substituição de uma refeição completa. Apesar de serem classificados como um produtos manipulados a partir de ingredientes naturais, muitos suplementos são contaminados, ou seja, contém substâncias químicas indevidas em sua fórmula, o que coloca em risco a saúde do consumidor. Em geral, as substâncias encontradas neste tipo de produto são derivados de testosterona(anabolizantes), precursores de testosterona, substâncias estimulantes e/ou substâncias inibidoras do apetite.
É cada vez mais comum entre os que frequentam academias, em especial os homens, que junto da suplementação e aliado ao exercício físico, seja feito o uso de esteróides anabolizantes, pois estes consideram que somente o suplemento alimentar não pode trazer os resultados que querem. “Muitas vezes os resultados obtidos pelo exercício + dieta + genética não satisfazem a pessoa. Seria possível evitar o consumo se não houvesse venda ilegal desses medicamentos e fossem realizadas as devidas orientações dentro das academias”, afirma o Dr. Murilo Dátillo, nutricionista, professor e especialista em Nutrição Esportiva da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em entrevista ao site Areah.
Os produtos adequados, com sustentação científica e com nível adequado para consumo são os que contêm: carboidratos, proteínas, creatina, vitaminas e minerais, como ressalta o site Areah. Vale lembrar que o consumo de qualquer produto suplementar deve ser orientado e acompanhado por um especialista para que os seus efeitos benéficos sejam alcançados.
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