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A musculação no tratamento de doenças

  • Silvana Sousa
  • 5 de set. de 2016
  • 3 min de leitura

Não é segredo pra ninguém que a prática de exercícios físicos é benéfica para a saúde. Um dos locais mais populares para se exercitar é a academia. O local, que antes era visto apenas para fins estéticos, hoje se tornou sinônimo de saúde. Pesquisas recentes mostram que a academia também pode ajudar no tratamento de doenças. Matéria publicada pelo portal de notícias G1 afirma que “em alguns casos a atividade física pode fazer com que o paciente diminua a quantidade de remédios ingeridos ou até mesmo deixe de tomá-los. O ideal é que o paciente portador de patologias procure primeiramente um médico para permissão e adequar o seu treino a suas limitações”. O médico e pesquisador da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Alexandre Gabarrade Oliveira afirmou ainda ao G1 que “o recomendado no geral é fazer exercícios moderados, pois as atividades de alta intensidade podem trazer riscos para a saúde que vão além dos benefícios promovidos pela atividade física em si”.

Dentre as doenças que mais apresentam melhoras com os exercícios estão, por exemplo, a

asma, uma doença que afeta o sistema respiratório. Com ajuda do treino ideal, o portador da asma terá uma melhora na interação de todas as vias respiratórias, assim como uma melhora nos processos inflamatórios das vias aéreas. Além disso, o peso é um influenciador na quantidade e intensidade das crises.

A hipertensão também é beneficiada pela prática de exercícios, pois o coração do hipertenso exige um esforço redobrado no bombeamento do sangue e os exercícios podem trazer uma melhora significativa no funcionamento do sistema circulatório. Em entrevista ao G1, a médica e professora da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP) explica que “no caso da hipertensão, durante o treinamento físico, os vasos se dilatam para melhorar a captação de oxigênio, fazendo a tensão no sistema diminuir e a pressão cair.” As práticas mais recomendadas para quem sofre com esse tipo de patologia são as aulas aeróbicas, como esteira, aero jump, step e exercícios leves, pois a musculação forte pode piorar o quadro do paciente.

Outra doença que se beneficia com exercícios físicos é o diabetes. O endocrinologista Marco Antônio Vivolo, declarou à Revista Donna que “o maior desafio dos médicos é conscientizar os pacientes sobre a importância de ser ativo, de praticar exercícios. No rol das doenças crônicas, os diabéticos são os que mais se beneficiam da atividade física. Os aeróbicos auxiliam na metabolização do açúcar no sangue”.

Em matéria publicada no Grande Portal dos MineirosUAI, foi levado em conta também que “o exercício físico serve como aliado para prevenir e retardar o avanço de doenças degenerativas. Muitas vezes, são patologias hereditárias e ainda sem cura, caracterizadas pela lesão gradual de células do organismo e cuja evolução traz limitações físicas e mentais”. Exemplos disso são o mal de Parkinson e o Alzheimer. Em entrevista a este mesmo Portal, o neurologista Nasser Allen, pesquisador do Laboratório de Neurociências e Comportamento da Universidade de Brasília, explica que os treinos ajudam na produção das células que protegem o cérebro, retardando seu envelhecimento e processo de morte.

Em referência aos bens mentais que o exercício físico proporciona, em uma entrevista concedida à revista Caras, o médico especialista em medicina esportiva, Rodrigo Freitas, trouxe para a discussão a importância dos exercícios no tratamento do século, a depressão. “De acordo com estudos, exercícios físicos aumentam a atividade dos neurotransmissores do bem- estar e a endorfina produzida por eles ajuda a aumentar o relaxamento e a diminuir o estresse. Além disso, a prática de exercício físico, principalmente as de longa duração como a corrida, é um dos tratamentos mais eficazes para a depressão, já que leva o corpo a produzir seratonina e dopamina, sensação de bem-estar e prazer". Além disso, o médico cita outros benefícios como a melhora no humor, o aumento da autoestima, a redução da ansiedade e ainda a redução do declínio cognitivo, pois os exercícios praticados aumentam o fluxo de oxigênio no cérebro.

A academia pode ainda ajudar no tratamento da osteoporose, impulsionando a produção de células ósseas, aumentando a fixação de cálcio e a densidade do osso. E ainda na artrite reumática que auxilia no fortalecimento muscular e na preservação das articulação afetadas.


 
 
 

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